terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Serviço de utilidade pública

Para todos os brasileiros que veêm com frequência as notícias veiculadas nos meios de comunicação, as que falam sobre corrupção, não nos impressionam mais.
As sobre violência, também não intimidam mais. É tão comum no nosso dia-a-dia lidar com isso, que os tiroteios e mortes acabaram por se banalizar, e até a polícia ganhou a "classificação de bandido". Em quem podemos confiar ? É a pergunta. Que se silencia.
Os chamados "carinhosamente" por nós de - "crimes de colarinho branco" ("carinhosamente" porque a nomenclatura suaviza o que pode ser tratado como uma atrocidade) tem se tornado tão comuns, que rimos das situações que a cada dia se tornam menos significativas, afinal, parece que o povo brasileiro tem memória curta.
Os milhões que são desviados dos cofres públicos para paraísos fiscais, ou que saem vergonhosamente nas malas, meias e cuecas, são os milhões que milhões de brasileiros esperavam que fossem empregados em seus sonhos. Sonhos que na verdade, foram confundidos com direitos, coisa que se tornou tão distante quanto utópica.
Em quem podemos confiar ? Ja que aqueles que escolhemos para governar e representar toda uma nação, nos envergonham, e deixam essa nação cada vez mais carente e debilitada.
O pior de tudo, é que nos acomodamos a isso. O povo se cansou, e parece ter cicatrizado aquela velha ferida da indignação diante dessas barbaridades.
Oque devemos fazer ? Aprender.
Aprender a relembrar que somos todos cidadãos, independente se ocupamos uma cadeira na assembléia, ou um barraco na favela, devemos ser tratados, caçados e julgados sem distinção.
Aprender a valorizar o nosso voto, porque ele é nossa maior prova de cidadania. Pensar, que todos NÃO DEVEM ser iguais, porque se forem , nunca cresceremos.
Aprender a reivindicar, a não mais calar-se e acomodar-se diante dessas atrocidades, também conhecidas como crimes politicos. Gritar, marchar e indignar-se é mais do que humano, é humanitário.
Porque meia dúzia de cadiras errantes ocupadas no senado, não são capazes de calar mais de 2 milhões de vozes da razão .

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