
Todo ser humano nasce com a pretenção de ser perfeito. Um belo e inegável exemplo disso, é o corpo humano que funciona como uma máquina perfeitamente sincronizada.
É como se cada um de nós nascessemos para nos tornar príncipes. Seres humanos com inúmeras qualidades, com tendência a governar somente as nossas vidas e um gigante coração capaz de distribuir grandes quantidades de amor e boas ações.
Toda criança nasce assim. O que nos afasta de toda essa concentração de coisas boas, é aquilo que aprendemos.
É como na fábula infantil, em que a bruxa enfurecida, enfeitiça o prícipe com a maldição de se tornar sapo. O príncipe só se torna sapo, porque ele acredita que foi enfeitiçado e conformado com a sua condição de sapo, aceita-se e aprende a ser sapo.
As pessoas aprendem com o mundo. A diferença nesse aprendizado, é que o mundo é constituído de mal e a sociedade em seus padrões é imensamente cruel.
Nós, inconcientemente, somos condicionados a nos enquadrar no padrão em que vivemos. Se uma criança nasce em berço nobre, ela frequente áreas nobres, tem um ensino nobre e convive com pessoas nobres e se torna uma pessoa nobre. Agora, se uma criança nasce na favela, ela tende a frequentar favelas, ter um aprendizado de favela e ser qualificado como uma pessoa com um nível inferior. E a maioria delas, se conforma com a sua qualificação de "favelado" e acredita que realmente é inferior aos outros e tende a se comportar como tal.
É desse tipo de aprendizado que surgem as expressões "suburbanos", "favelados" e etc. É desse aprendizado social de onde nasceu também inúmeras barbaridades como a escravidão.
Foi ensinado a um determinado número de pessoas que, os negros, eram pessoas inferiores, raça inferior, religião inferior e que por esse motivo, deviam ser neutralizadas e até mesmo exterminadas. Mas, esse tipo de atrocidade só aconteceu, porque grande número de pessoas acreditou nisso. Se renderam ao feitiço do sapo e passaram a se comportar e aceitar essa condição imposta. Mas o que determina que um ser humano se diferencia do outro, são as suas escolhas, e não oque há por fora. Por que afinal de contas, todas as "máquinas" trabalham basicamente da mesma forma.
A sociedade tende a agir com triagem. Propõe- se um padrão, e os que não se enquadram nele, são excluídos. É assim que o sistema capitalista funciona. Há uma corrida onde só os "fortes" permanecem, e os "fracos" vão sendo eliminados. E assim, milhões e milhões de indivíduos são eliminados, e vão automaticamente se enquadrando na camada inferior da sociedade.
É daí, que vão surgindo os chamados "problemas sociais", que, nada mais são do que pessoas que foram "enfeitiçadas" pela maldade do mundo e aceitam-se como inferiores, acreditam que são como tal e acabam uma a uma sendo encaixando-se nos padrões menos favorecidos.
O que deveria ser feito, era uma "deslavagem cerebral" em que desaprenderíamos o que o mundo nos ensina, oque a sociedade nos diz á respeito de padrões, divisões e habilitações.
Seríamos desenfeitiçados e voltaríamos a nossa qualidade de príncipe. Pessoas capazes de conseguir, alcançar e evoluir como qualquer outra.
Longe de conceitos religiosos, a verdade é que, todo o universo conspira a nosso favor. O que conspira contra nós, somos nós mesmos. O mundo sempre vai dizer, que não é possível, que não é capaz. Não se alcança, porque certos, acreditam e a aceitam isso para si.
Todo e qualquer espermatozóide luta igualmente. Todo feto se desenvolve da mesma forma. O que determina as diferenças, é a sociedade, e quem as aceita, somos nós mesmos.
Os sapos voltam a ser príncipes, quando questionam a sua condição e tem um âmbito a se desfazer da mesma. Temos belos exemplos de sapos que tornaram-se príncipes, pessoas, humanas que venceram depois de acreditar que poderiam.
O ser humano foi feito para evoluir. Essa evolução depende da condição de desaprender o que é imposto pelo mundo, e pela sociedade. Só depende de cada uma, a vontade de fugir da alienação e de desencantar do feitiço para tornar-se príncipe.
Um sapo rei ou um ser plebeu?;)
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